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Economia

Carta de Galípolo sobre inflação: um início comprometido no Banco Central

No primeiro desafio como presidente do BC, Gabriel Galípolo falha ao não abordar as causas fiscais da inflação em 2024.

Redação Exato

Jornalista, em Brasília.

Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC.
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC.
Foto: Diogo Zacarias / Ministério da Fazenda
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Gabriel Galípolo, ao assumir a presidência do Banco Central, enfrentou rapidamente uma tarefa relevante: redigir uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando o motivo de o IPCA de 2024 ter superado o limite da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. A meta estipulada era de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo, mas a inflação do ano passado atingiu 4,83%, ultrapassando o valor de 4,62% registrado em 2023. Contudo, a explicação de Galípolo foi vaga e omissa; o documento deixa a impressão de que a aceleração da inflação foi consequência de fatores externos, sem apontar as reais responsabilidades internas.

Na parte inicial da carta, intitulada "Causas de a inflação ter ficado acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2024", Galípolo afirmou que “a inflação em 2024 ficou acima do intervalo de tolerância em decorrência do ritmo forte de crescimento da atividade econômica, da depreciação cambial e de fatores climáticos, em contexto de expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano anterior”. Além disso, o presidente do BC detalhou como cada fator contribuiu para o desvio de 1,83 ponto porcentual em relação à meta de 3%, mencionando que a “inflação importada” foi responsável por 0,72 ponto porcentual e as “expectativas de inflação” por 0,30 ponto. Ele ainda afirmou que a desvalorização do real teve um impacto de 1,21 ponto porcentual dentro do grupo "inflação importada", sendo parcialmente compensada pela queda nos preços internacionais do petróleo.

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